quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Pedro,

15 meses se passaram desde quando eu descobri que você viria.
O que eu não sabia, era a quantidade de amor que contigo, traria.
Amor sincero, que ama até os piores defeitos.
Amor completo, que desde que brotou, só cresceu em excesso.
Filho, eu te dei a luz e você iluminou a minha vida.

O seu respirar enche o meu peito de alegria.
Todos os dias, eu cresço com a sua sabedoria.
O seu olhar diz tanto que as palavras
se tornam o farol que me guia.
Ao seu lado, meu amor, tudo é magia.

Seu sorriso singelo me faz forte feito um castelo.
E o que faz o meu céu escurecer, é ver-te sofrer.
O meu corpo estremece se em alguma doença, tu padeces.
Sou tua leoa e assim ninguém te magoa.

Tudo o que eu quero, é que você cresça.
E como um belo jardim, floresça.
Que teu olhar sempre resplandeça.
E que em teu coração a esperança renasça
e a felicidade sempre se refaça.
Diante da graça que é ter uma criança feito você. ♥


terça-feira, 28 de agosto de 2012

8 meses - e como estamos.

Hoje são 8 meses de Pedro.
E como estamos?

Seguimos na amamentação quase que exclusiva. Temos  dentes, mas a introdução dos sólidos está indo devagar-quase-parando.
O Pedro aceita bem as frutas, mas não é muito fã dos legumes. Como ele tem ganhado peso e crescido normalmente, o Pediatra-com-bom-senso-e-informação acha que só o leite materno em livre demanda ainda é suficiente.
Ele dorme relativamente bem. Relativamente por quê? Porque já teve um tempo em que ele não dormia nada. Só queria peito, peito e peito. Dias estes em que eu desejei profundamente ter uma teta a mais, Angela Bismarchi me entende <3.
Então, ele dorme assim: 2 ou no máááximo 3 sonecas de 30 minutos à 1 hora durante o dia.
E a noite dorme definitivamente por volta da meia noite e acorda definitivamente ao meio dia. Ou seja, dorme doze horas, mas não são doze horas corridas. Ele acorda 2 ou 3 vezes pra mamar. Mas como ainda fazemos (e faremos pra sempre, amém) cama compartilhada ele vira, mama, desvira e dorme. Sem cerimônias.
Durante o dia ele brinca na cama, no berço, no sofá e assiste tv, do carrinho.
A tv é um assunto sério na minha casa. Eu já tentei fazer com que ele não assistisse, mas acreditem, ele sente falta.
Sei disso porque nos fins de semana que passamos em Tatuí, ficamos sem tv a cabo, ou seja, sem a Dora, a Kai-Lan, o Diego, a Blue...
Quando voltamos pra casa, o Pedro gruda de uma forma na tv que se tirarmos, ele fica bravo, chora, esperneia, enfim...
Desenvolvimento geral:
Peso? 11.220kg (um beijo pra quem dizia que meu leite era fraco).
Altura? 71.1cm.
Ele já chama a minha mãe (bobó), já reconhece alguns bichinhos (Pedro, cadê a girafa? Ele olha e estica a mão pra alcançar a girafa), rola de um lado pro outro, levanta sozinho e fica em pé, apoiado no berço, pede colo (com os bracinhos erguidos, owwwwwwwwn), continua mandando beijinhos e repetindo algumas palavras (tipo: ééééé).
Continua apaixonado por mim. Um amor doido que oscila entre carinhos fofos no rosto e mordidas dolorosas em qualquer parte do corpo.
Ah, por falar nelas, às vezes ele encana de me morder enquanto mama e cara, como isso dói.
Mas dói menos que a saudade que eu sinto do meu pacotinho que daqui 4 meses faz um ano. :(


segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Fraldada em Sorocaba.

Ontem rolou aqui em Sorocaba, a primeira Fraldada.
Evento cuja intenção é apresentar às mamães (e aos bebês) a opção da fralda ecológica (fralda de pano).
Tirando o fato da Prefeitura ter encrencado com a exposição das fraldas, eu e mais algumas mamães fizemos uma "Fraldada" à parte.
Um encontro do grupo sobre maternidade do qual participamos no Facebook.
Algumas mamães já se conheciam (eu, a Kelli, Yara, Tamara, Dani), aí acabamos conhecendo outras. Duas de São Paulo (A Ana e a Jöyce) e uma daqui mesmo, a Leila (que a Yara e a Tamara já conheciam).
Resumindo, o domingo foi super legal.
Conversamos bastante, nos divertimos muuuito e só reforçamos a amizade que já havia surgido através do grupo. No fim, o encontro se estendeu, acabamos almoçando por lá mesmo, e voltamos pra casa por volta das 14h.
Adorei passar o dia na companhia de vocês mamães, dos papais superatenciosos e dos bebês maravilhosos que vocês colocaram no mundo.
Um grande beijo meu e do Pedro. Que estamos ansiosos pelo próximo encontro... ♥

Eu e o Pedro (no carrinho), Yara e Manu, Kelli e Joaquim, Pedro (papai da Alice e marido da Jöyce fazendo o efeito especial), Jöyce e Alice, Tamara e Matheus e Ana e Iza.  ♥

sábado, 25 de agosto de 2012

A verdade sobre a Nestlé.

A cegueira causada pela mídia, pelo marketing e pelo boca-a-boca, há anos tem causado devastadores danos na saúde de milhares de crianças.
Recomendações da OMS não são seguidas por serem julgadas ultrapassadas e radicais.
Após o famigerado e errôneo conceito de "avanço" que gira em torno da cesárea eletiva, vemos todos os dias, o desserviço de hospitais, médicos e enfermeiros que fazem com que a falsa ideia de incapacidade como nutriz seja plantada na cabeça de milhões de mães ao redor de todo o mundo.
As desculpas dadas giram em torno das dificuldades durante o início do período de adaptação na amamentação e período da extero-gestação. 
Bebê com fome, baixa produção de leite, cansaço, fissuras nos mamilos, leite fraco, leite que secou são algumas das desculpas dadas pelos profissionais para a complementação com fórmula e/ou substituição pela fórmula.
Na confiança depositada em seu pediatra, muitas mães acabam por ceder e então, abandonar a amamentação exclusiva até o 6º mês de vida do bebê.
Realmente, hoje em dia, pra amamentar tem que ter muita força de vontade e muita informação, pois uma tarefa que já não era fácil acaba por se fazer impossível com a falta de apoio.
Mas o que somente poucas mães (informadas, chamadas de xiitas e "super-mães") sabiam até então, se tornou público no dia 19 de agosto.
Informações vindas do Dr. Daniel Becker, exibe claramente o que acontece "por baixo dos panos" da Nestlé.
Não preciso complementar o texto, pois ele está objetivo, e lendo, vocês irão entender tudo o que se passa atrás dos iogurtes, das fórmulas e da papinha que são vendidos livremente nas prateleiras de supermercados do mundo todo.

"Amigos, 

Imaginem a cena: milhares de adultos fazendo filas para comer papinhas de bebê requentadas em réchauds de aço inox. Médicos se acotovelando para devorar leitinhos infantis açucarados e biscoitos de aveia e mel. Centenas de respeitáveis profissionais ansiosos para responder um joguinho de perguntas e ganhar bichinhos de pelúcia; jogando dadinhos gigantes para ganhar picolés de graça.

Est
as cenas não pertencem a alguma comédia dos Trapalhões ou a um pesadelo de pais esgotados. São reais e colocam, de forma muito eloqüente – e caricatural, neste caso - uma faceta pouco conhecida da medicina.

A relação entre indústria farmacêutica e médicos é sempre problemática. A necessidade de colocar o lucro antes da saúde, do beneficio social ou ambiental está ainda no DNA da empresa privada. Existem mudanças no horizonte, mas são lentas e ainda restritas a poucas corporações. Se o lucro vem antes de tudo e o poder é quase ilimitado, como no caso da indústria farmacêutica, a ética- inclusive a dos médicos – e o bem estar do público são vitimas fáceis.

Existem muitas restrições que limitam a propaganda de remédios diretamente para o consumidor. Portanto, o médico, que prescreve a droga, acaba sendo o alvo preferencial da indústria. Há várias formas de cooptar a “opinião cientifica” de médicos. E os alvos mais valiosos são aqueles que se encontram em posição de influenciar decisões que gerem mais vendas – seja por influência no público diretamente, no governo, na mídia ou - muito importante - em outros médicos.

A indústria pode, por exemplo, financiar estudos “científicos” sobre seus produtos, mascarando ou alterando resultados; manipulando estatísticas e mesmo, estratégia mais comum, trazendo a público apenas os que deram resultados favoráveis (os que mostram que o remédio não funcionou vão para a gaveta). Médicos recebem dinheiro (de forma direta, mas velada) da indústrias para promover direta ou indiretamente uma droga; médicos são seduzidos por favores como passagens para congresso, viagens e estadias pagas em hotéis caros, aparelhos de todo tipo, comissões, pagamentos para publicar artigos, dar palestras que mostram como é bom tal ou tal remédio... enfim, são muitas as estratégias.

Uma das mais criativas é a da Nestlé Brasil. A maior indústria de alimentos infantis do planeta que escolheu como estratégia – extremamente inteligente – influenciar nossos pediatras. Ora, pediatras influenciam mães e pais, com autoridade de quem cuida da saúde de nossos filhos! Quer melhor que isso para vender? Acontece que a Nestlé está constantemente na lista das piores empresas do mundo para o planeta (veja mais em http://www.stopcorporateabuse.org/search/node/nestle) com varias práticas questionáveis para a saúde e o meio ambiente. Por exemplo, descarrega quantidades brutais de açúcar (pra quem não conhece, substância extremamente nociva, comprovadamente geradora de adição física, usada e abusada por toda a indústria de alimentos) em seus produtos infantis (inclusive o Ninho “fases”, mamães...), viciando o organismo infantil e prejudicando sua saúde. Me lembro até hoje da propaganda chocante dos flocos de milho da Nestlé, que pra ganhar da Kellogg colocou um urso branco (!!) de símbolo, que enviava um raio que fazia os floquinhos ficarem mais brancos, nevados, de.... adivinha? Uma empresa que carrega na sua história o apelido de “Baby-Killer” (usado por diversos movimentos sociais), por ter, durante muitos anos, criado a cultura do leite materno ruim ou fraco para vender seus leites infantis, e distribuído propaganda e latas de leite em maternidades – inclusive de países pobres - induzindo o desmame (e portanto a desnutrição e muitas vezes adoecimento e morte) de milhões de bebês. Essas práticas foram combatidas ferozmente pela sociedade civil (especialmente o movimento feminista) até serem regulamentadas (e proibidas) na maioria do planeta.

Mas infelizmente, em nosso pais e em muitos outros, o desmame precoce ainda é uma triste realidade. E muitas vezes ocorre devido ao conselho de profissionais de saúde, entre eles, pediatras e obstetras. Maternidades são conhecidas pela prática de oferecer complementos para recém nascidos, muitas vezes desnecessariamente, à revelia das famílias. A Sociedade Brasileira de Pediatria faz um belo trabalho de defesa e promoção do Aleitamento Materno – recentemente, por exemplo, pressionando pela aprovação da licença de 6 meses. Mas por outro lado, tudo, literalmente tudo que a SBP faz é patrocinado pela Nestlé. A indústria colou de tal forma a sua marca à SBP que chega a ser bizarro. Todas as publicações da Sociedade de Pediatria vem com o logo “Nestlé Nutrition”. Cursos, atualizações, manuais, correspondência... tudo. É muita simpatia. A Nestlé está de tal maneira identificada com a pediatria brasileira, que causa fascínio em todos os que vem a conhecer este “case” de marketing. E é muita ambigüidade: por um lado lutar pela amamentação e por outro lado, se apoiar inteiramente na indústria que historicamente foi a pior inimiga do leite materno, e cujos produtos, que deveriam ser uma espécie de reserva técnica para casos excepcionais, são propagandeados diariamente para médicos (aliás, os de outras indústrias também).

E aí... semana passada passei um dia no Curso Nestlé de Atualização em Pediatria, oferecido (sem custos) anualmente pela empresa e freqüentado por milhares de pediatras de todo o pais. A edição 2012 foi no Rio, e fui lá para assistir uma aula específica.

O que vi era difícil de acreditar. Um pátio gigantesco, no Riocentro. Milhares de médicos, a maior parte acima de seus 40 anos, se acotovelavam para participar das promoções da Nestlé. Eram “quizes” de perguntas (quase todas relacionadas direta ou indiretamente a produtos da empresa) para ganhar... bichinhos de pelúcia; joguinhos da memória infantis sobre as papinhas Nestlé, para ganhar pingentinhos; joguinhos de dados gigantes para ganhar picolés; fotos com logo de iogurte para colocar no Facebook; videogames com símbolos de produtos para ganhar mais brindes infantis. Nos stands servia-se chocolatinhos, leitinhos, Ninho Soleil, Chambinhos, biscoitos, sorvetinhos e pasmem: papinhas Nestlé. Em réchauds de aço inox, servidos por mocinhas em traje de chef. Em todas as estações, centenas de pediatras se acotovelavam para participar, provar papinhas e ganhar brindes infantis. Isso em meio a propagandas gigantescas de todos os produtos da empresa, em especial os leites para bebês.

Ora, uma coisa é propaganda lúdica, bem humorada. Mas o que vi ali foi um show de infantilização simplesmente inacreditável. Uma empresa se propondo a tratar pediatras como crianças e pediatras assumindo esse papel de forma caricatural. Assim fica muito fácil imaginar como a Nestlé se inscreve no imaginário destes profissionais. Como eles de forma inconsciente transformam a empresa numa “Grande Mãe” que os ama, e portanto, merece amor filial. Uma mistura genial de marketing e psicanálise, que para alguém que conseguia ver este cenário um pouco “do lado de fora”, parecia um verdadeiro show de horror.

Algumas fotos podem ilustrar de forma muito superficial um pouco do que está aqui descrito."


Clique aqui para visualizar as fotos.


Aproveitando o post, resolvi deixar aqui o vídeo de uma reportagem realizada por uma TV Australiana em 1989, que mostra com clareza, os danos causados pelas "inocentes" amostras de fórmulas cedidas pelas grandes indústrias aos pediatras, hospitais e mães. 
Fórmulas estas, que juntamente com a pobreza nos países da Ásia causaram desnutrição e mortalidade infantil em índices elevados.
Vale a pena "perder" 46 minutos pra adquirir conhecimento sobre os produtos oferecidos aos nossos filhos e sobre a real importância da amamentação. Não só como alimentação e sim, em todos os outros fatores.


quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Dodói

Pra alegria das menas, Pedro tá doente.
Não sei como, nem onde, nem quando... Só sei que o tempo tá hiper seco por aqui e não deu outra.
Domingo chegamos de Tatuí e ele já tava num chororô.
Segunda à noite, fomos parar no PS e os sintomas eram febre, tosse seca e nariz super entupido, conclusão:
Garganta inflamada!
Depois de duas noites horríveis, tivemos consulta com o pediatra oficial.
Mesmo diagnóstico: Garganta inflamada.
Além do xarope que ele já tava tomando, foi receitado mais dois medicamentos.
Tenho visto uma melhora gradual...
Espero (e tô fazendo de tudo para) que ele fique melhor logo.
Senão, vou trocar o LM em LD pelo LV.
Hahaha, mentira, viu, gentê!

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Cinemagr.am

Como o meu Instagram já tá lotado de Pedro, resolvi aderir ao Cinemagr.am e começar a lotá-lo de Pedro também.

Vambora?




Veja mais aqui: Cinemagr.am

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Da crítica à culpa.

Você é mãe?
Se sim, você já se sentiu culpada?
Lógico que eu sei a resposta: SIM.
Quando nos tornamos mães, queremos sempre o melhor para os nossos filhos.
Seja no enxoval, nas roupas, brinquedos, móveis, até a alimentação.
A palavra "melhor", passa a ficar saliente em nosso subconsciente assim como a palavra "perfeição"...
Mas em meio à tantas novidades, incluindo adaptação, noites de choro e etc, esquecemos que ainda somos humanas... E logicamente, imperfeitas.
Eu já me senti culpada. Você também já.
E se não sentiu, em breve se sentirá.
A culpa abrange todos os magníficos pontos da maternidade. Porque você aprendeu (seja com a tradição familiar, com a internet, com o pediatra, enfim...) "assim", mas depois alguém veio e te disse que o melhor é "assado".
Mas além de te ensinar uma forma "melhor" a tal pessoa te criticou... E certamente, te diminuiu.
Aí, você precisou scanear na sua memória-materna-que-nunca-falha todas as vezes em que você errou fazendo "assim". E obviamente, encontrou.
Um nó subiu à garganta. Você se sentiu um lixo. Se perguntou, lá nos fundilhos da alma, se merecia mesmo ter gerado um filho lindo. Ou então, se aquilo o prejudicaria mais pra frente.
E respectivamente, as respostas que você jurou ter ouvido foram: Não e sim.
E você se pega tropeçando em mais uma pergunta: Devo ou não me sentir culpada?
Sabe qual é a resposta? Não.

Sabe por quê?
Porque (in)felizmente não nascemos sabendo de tudo. E o Brasil é o país da desinformação. Aqui, ou você corre muito, veja bem, eu disse MUITO atrás da bendita informação, ou então você morre sem saber de nada.
Porque os comerciais mentem, o Ministério da Saúde mente, os pediatras mentem, os obstetras mentem, a Nestlé mente e o fabricante do andador também mente.
E quem sai perdendo com isso, são os bebês. Os inocentes bebês... Que são criados como sobreviventes, rebentos de mães desinformadas, mantidas, manipuladas e alienadas por um sistema ganancioso e posteriormente, CULPADAS por erros que foram quase que OBRIGADAS a cometerem.

Você deve estar se perguntando: Que diabos de texto é esse? Por que ela tá falando disso? O que isso tem a ver? MAHEIN?

Então, sem mais delongas, o que eu tô querendo dizer é que há uma imensa diferença entre o se sentir culpada por ter informação e conhecimento suficientes para proporcionar o melhor ao seu bebê e o se sentir culpada por não ter informação suficiente e fazer o melhor que estava ao seu alcance.

No primeiro caso, você tem que se sentir culpada mesmo.
Culpada por saber que andador faz mal e ainda assim, permitir que o seu filho use.
Culpada por trocar a amamentação pela chupeta.
Culpada pela introdução de sólidos antes do 6º mês de vida.
Culpada por tudo o que a sua consciência alarma dizendo que é errado e mesmo assim, você ignora e faz sem maiores preocupações.

Eu não quero te diminuir como mãe, muito menos ressaltar que eu sou mais mãe porque eu ajo de tal forma. (Mãe é mãe. Botou no mundo, é mãe. Mas há uma diferença também entre ser mãe e se tornar mãe.)
Quero deixar claro que o "correto" é subjetivo e relativo. Ele pode ser o pior pra você e o melhor pra mim, e ambas as definições estão certas.

No segundo caso, não há o menor indício de culpa. Porque a culpa, minha querida, SÓ existe quando o indivíduo tem a capacidade de discernir que poderia ter feito o melhor e por algum motivo (proposital ou não) não o fez.

Então, há crítica-que-quer-te-culpar-e-que-às-vezes-até-consegue-mas-por-um-curto-período e a culpa-real-que-vem-de-dentro-pra-fora-normalmente-quando-já-é-tarde-demais.

Meu filho mama no peito e mamar no peito, supre todas as suas necessidades. Mas como vocês já sabem, o nosso período de adaptação não foi fácil (e vem cá, existe algum período de adaptação da amamentação que seja tipo mamão-com-açúcar?), eu tive que insistir, persistir e a banir a palavra desistir. Porque senão, eu teria desistido.
Mas eu não desisti porque eu acreditei que podia nutri-lo dessa forma. Não desisti porque não tinha mamadeira na minha casa, nem NAN, nem nada.
Não desisti por N motivos, mas olha, tive N, O, P, Q, R, S, T... motivos pra desistir.
Mas SE não tivesse dado certo após todas as tentativas, eu não iria me sentir culpada. Pois eu saberia que o melhor que estava ao meu alcance, foi feito. E que não seria uma mamadeira ou uma lata de NAN que tiraria de mim, o título de mãe por opção.
O mesmo pode ser dito para a cama compartilhada, para o afeto e o carinho all the time e para os outros trocentos pontos maternais-conscientes julgados difíceis.

O enfim, é:
Não culpe os outros, pela culpa que VOCÊ sente. 
Amamentar (só dando um exemplo, ok?) não é privilégio da minoria.
Porque se informar também não é questão de privilégio, é questão de necessidade, de sair da zona de conforto, de se curar da cegueira que aliena. O comodismo é um mal parasitário.

Pra constar: O texto acima baseia-se numa opinião pessoal. 



terça-feira, 14 de agosto de 2012

Entre os dentes e a gengiva.

Primeiro, veio o incisivo central inferior esquerdo mais conhecido como: O do meio, da arcada de baixo, do lado esquerdo.
Veio seguido de chororô, baba, odaxelagnia e um tiquinho de diarréia. Não teve febre, mas teve irritação e dipirona.
Nada fora do normal e bem mais sossegado do que eu imaginava e do me disseram que seria.
Resultado? Em menos de 3 dias tínhamos um dentinho saliente ressaltando o fim do sorriso banguela.
E mais 10 dias, pro segundo dar as caras.
Agora, ao que tudo indica, os superiores também estão querendo aparecer...
Por enquanto nada de febre ou diarréia, só uma gengiva inchada e branca. Daqui mais ou menos um mês, eles aparecem. Já não são mais tão surpresas, mas ainda assim, são novidades.
Aos 7 meses e meio, tenho percebido que o tempo tem passado rápido demais e isso me traz a sensação de que eu não consegui aproveitar tudo da forma como deveria...
Por conta disso, já sinto cheiro de saudade das gengivas lisinhas. Por outro lado, me empolgo muito a cada cheiro de novidade. Vida de mãe é entre a cruz e a espada. Ou melhor, entre os dentes e a gengiva.


Oi, dente! Digo, gente!

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Dia dos Pais.

Eis que passamos assim:

Papai e Pepê dormindo e mamãe admirando. :) ♥



domingo, 5 de agosto de 2012

Sobre um dos pontos mais importantes...

A amamentação.

Quero deixar bem claro que esse post não é direcionado à ninguém. Que as palavras escritas aqui, não passam de constatações guardadas como lembranças, pra que eu possa recordar disso tudo e pra que meu filho saiba da importância da amamentação e pra que ele também saiba, que este não foi um período fácil das nossas vidas, mas foi sim, muito compensador. Pra que ele também tenha consciência que eu me orgulho muito por ter lutado com unhas e dentes e ter conseguido aquilo que todo mundo me dizia que eu não alcançaria.


Realmente, é muito fácil falar da amamentação, da amamentação exclusiva e da amamentação prolongada, olhando pros cartazes que o Ministério da Saúde cola a torto e a direito em vários hospitais e postos de saúde.
Olhando pros mesmos cartazes quando eu ainda estava grávida, eu não pude sequer imaginar o que estava me esperando.

Porque quem me vê amamentando hoje, não faz ideia do que nós (eu, o Pedro e as pessoas que me rodeiam e me apoiavam) passamos.
Não foi fácil... Nada fácil.
Hoje, se eu posso me gabar disso ou daquilo, é porque depois de muita luta, muita dor, muitas lágrimas, muito sofrimento e desgaste fizeram parte da trajetória da conquista.
Eu não sou mais mãe porque eu amamento. Mas por outro lado, eu me sinto mãe amamentando. Porque pra mim, amamentar é prolongar aquilo que o bebê vivenciou durante sua vida intra-uterina. É o que me aproxima do meu filho. O que nos conforta, e o que enriquece nosso vínculo amoroso.

Na minha cabeça, nunca passou a ideia de apresentar a mamadeira (com leite) pro meu filho. Tanto que esse ítem nunca fez parte do enxoval que eu fiz pro Pedro.

Na primeira noite de vida fora da barriga, do Pedro, ele mamou muito. E ali, eu pude encerrar um ciclo pra que outro fosse aberto. O ciclo de: "Não estamos mais diretamente conectados, mas ainda temos uma forte conexão aqui fora."

Sei que tudo isso soa muito poético, mas foi exatamente desse jeito que eu me senti naquela primeira noite.
No outro dia, o Pedro dormiu a tarde toda, na presença do pai, e eu pude descansar.
Por volta das 21h, o Pedro quis mamar... E eu lógico, ofereci o peito a ele com o maior carinho.
Ele mamou, mamou, mamou, mamou... 
Pegava no sono "chupeitando" e quando era tirado, chorava. 
Eu virei a noite com ele no colo, mamando, enquanto perambulava pelos corredores do hospital.

Quando amanheceu, eu estava completamente acabada.
Como eu não tinha ideia do que era necessário levar na mala de maternidade, acabei colocando uma chupeta. Chupeta esta, que ganhamos no chá de bebê.

Sem mais forças, me recuperando de um pós-operatório, eu acabei por oferecer a chupeta para o Pedro.
Para que ao menos, eu pudesse arrumar as coisas que fariam parte do nosso retorno pra casa, sem que tivesse que ouví-lo chorando.

Ele custou a aceitar, mas acabou pegando por uns 10 minutos.
Nesses 10 minutos, pude juntar as nossas tralhas... E entre uma arrumação e outra, apareceu uma enfermeira, que prontamente me recriminou e disse que se eu não tirasse a chupeta dele imediatamente, ela mesma tiraria e jogaria no lixo, pois aquele hospital orientava e apoiava a amamentação.

Antes de recebermos alta, uma outra enfermeira veio me orientar sobre a amamentação, a pega correta, as fissuras entre outras coisas... E eu fiquei muito contente por receber aquele apoio, que acabei até me esquecendo da chupeta.

Ao chegarmos em casa, o Pedro chorava... E os meus peitos já estavam machucadíssimos e eu, ainda exausta.
Pedi pelo amor de Deus pra me darem uma bombinha de ordenha,uma chuquinha e uma pomada, porque eu realmente não estava mais aguentando.

Pedido feito, pedido atendido. Meu pai, coitado, deu um pulo e logo foi atrás da bendita chuquinha e da pomada. Minha tia que no mesmo instante estava do outro lado da linha, falando com a minha mãe, perguntou o que faltava para o Pedro. Sem hesitar, minha mãe respondeu que era uma bombinha de ordenha.

Os dois voltaram quase que juntos. Tentei usar a bombinha mas a missão tira-leite falhou. E a chuquinha? Foi deixada de lado sem uso.
Passei a pomada crendo piamente que aquilo amenizaria o meu sofrimento... Mas foi um engano.
Além de não servir pra nada, eu ainda tinha que me deslocar até o banheiro toda vez que o Pedro queria mamar (ou seja, de 1 em 1 hora em dias de sorte e de 30 em 30 minutos em dias de não tanta sorte assim).
Resultado? Abandonei a pomada antes do tubo chegar na metade.

Dias vieram e dias foram. Ao total? Uns 75!
Muito mamá, muita canseira, muita sede, muita fome, muito sono. Fissuras, sangramentos, empedramentos, febres.
Tratamentos? Leite, leite, leite e apoio.
Apoio da minha mãe, apoio do papai do Pedro, apoio do Pediatra.
Eles me incentivavam e me incentivam até hoje. Incentivaram o não uso de leites artificiais, mamadeiras e chupetas. Me incentivaram à amamentar exclusivamente até os 6 meses, me incentivam até hoje, quando o assunto é amamentação prolongada... E em meio a tantos "contras", sim, contras... Porque eu ouvi muito que meu leite era fraco, que não sustentava, que mamadeira era melhor, que fazia com que o bebê dormisse a noite toda e toda essa ladainha proveniente de uma herança cultural pobre.
Sobrevivemos! Em meio aos mortos e feridos, saímos ilesos com uma internação de 3 dias por conta de uma bronquiolite, no currículo.

Vergonha? NUNCA!
Me orgulho e muito! Pois tirei forças de onde aparentemente não havia. Cresci, aprendi! Ele mamou por 9 horas seguidas em todas as noites que ficamos lá.
E acabou que saiu mais gordo do que entrou. Meu leite não secou e voltamos mais firmes, mais unidos, mais felizes para a casa.

Ao fim do período de amamentação exclusiva, ela me pareceu rápida demais. E eu decidi não introduzir os sólidos de maneira abrupta. Então o Pedro ainda não tem uma rotina alimentar selecionada. Come algumas frutinhas, algumas papinhas, mas o forte mesmo, ainda é o mamá.

Bom, esse texto não condiz com um terço do que passamos, mas ele traz à tona, uma parte daquilo que muita gente desconhece.
Amamentar não é, nunca foi e nunca será fácil. É uma pirâmide que construímos dia após dia, com tijolos de paciência, perseverança, fé, determinação e amor.
Sei que muita gente não consegue amamentar por N motivos, mas não quero dizer através desse texto, que foi fácil. Quero orientar e salientar a importância da boa informação e da importância de não se deixar levar por opiniões contrárias.
Se você mãe, fez o que pode, lutou (como eu lutei) com todas as suas armas e ainda assim, não obteve sucesso, você certamente não tem motivo nenhum pra se culpar.
Mamadeira, internação, chupeta, cesárea... Nada disso diminui mães sem culpa. 

Meu pequeno grande menino, no mamaço em Sorocaba. 

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Cenas do cotidiano maternal: Parte I

Cena um:

Bebê dormindo há mais de 4 horas ininterruptamente (na cama de casal, no quarto escuro).

Cena dois:

Mãe escrevendo no lap top, ao lado.

Cena três:

Silêncio total.

Cena quatro:

A mãe decide então, checar a respiração do filho (oi, sou mãe neurótica que acha que o filho vai morrer dormindo, silenciosamente).

Cena cinco:

Ainda no escuro, ela estica o braço até que a mão alcance a barriga do filho, sem o auxílio da visão.

Cena seis:

Com o trajeto terminado, ela continua digitando e encosta a mão esperando que o panceps subisse e descesse.

Cena sete:

Passados 15 segundos, nenhum sinal aparente de respiração.

Cena oito:

A mãe dá um pulo e decide checar com os olhos.

Cena nove:

Passado o susto, a mãe constata que não estava com a mão no panceps e sim, na altura da fralda.

Fim.