*Este post é candidato ao concurso “O melhor post do mundo da Limetree”
Eu virei hippie!
Na verdade, eu nunca fui muito vaidosa.
Sempre gostei de maquiagem, mas nunca fui do tipo obcecada, à la Dita Von Teese, que não vai de cara limpa nem até o portão.
Nunca liguei muito pra roupa, mas sempre adorei sapatos - Louboutin, seja canonizado!
Mas o ponto alto do meu desleixo, sempre foram os cabelos. Eu nunca me importei com eles. Quando eram compridos, eu lavava com um shampoo de qualidade duvidosa e raramente corria atrás de uma chapinha ou escova.
Penteá-los então? Sempre foi luxo...
Depois que o Pedro nasceu, a coisa complicou.
Tanto, que na primeira oportunidade fiquei careca. E hoje, quase 2 meses depois do ato consumado, tenho certeza de que foi a melhor coisa que eu fiz.
Mas o meu desgosto após a chegada do meu filho, não ficou só no alto da cabeça.
Eu desgostei de muitas outras coisas, e comecei a gostar de tantas outras... Coisas estas, que eu nunca imaginei.
Peguei um ódio por sutiã. Eles me apertam, me incomodam, atrapalham na amamentação e machucam os seios. Depois que o Pedro nasceu, aprendi a usá-los somente na hora da necessidade, nas outras... Sou hippie com orgulho e sinto vontade de atear fogo neles!
Também peguei birra de sapato de salto, de roupa complexa... De maquiagem sempre!
Primeiro porque quase não há tempo... E tem dias que eu mal consigo tomar um banho decente.
Raramente reboco a cara. Raramente consigo escolher uma roupa mais complexa, um look mais "montado".
Sem dizer que eu já me peguei com uns pelinhos a mais aqui e acolá! Sobrancelha feita sempre? Quase nunca. Unhas com esmalte, sem cutículas? Não mais... Limpeza de pele, salão de beleza? Cadê dias com 38 horas?
E sabe o que é o mais incrível nesse ponto hippie da maternidade?
Eu gosto disso!
Aprendi a admirar a beleza da cara limpa, do cabelo sujo e bagunçado, do sorriso amarelo e das unhas curtas. Aprendi a me olhar com mais segurança e buscando menos a perfeição das capas de revista. Até porque a perfeição que eu pensei que só existisse nelas, veio pra mim num pano sujo de sangue, nu, medindo 49cm e pesando pouco mais de 3kg.
Ali, eu percebi que todas as mães que maternam com muito amor e dedicação, automaticamente se tornam hippies... E que a natureza realmente é perfeita.
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quarta-feira, 13 de junho de 2012
Depois de mãe, eu?
Escrito por
Priscilla Carriel
às
10:11:00 PM
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