sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Relatando e resumindo 31 semanas.


Agora que já tá no finalzinho, que a barriga já tá imensa, que tudo tá preparado, que eu já sei o sexo, já escolhi o nome e tá tudo pronto para a chegada do Pedro, a gente vai ficando com saudade do que já passou...
E eu sempre vejo meninas no comecinho da gestação e toda aquela empolgação de ver a barriga crescer (e de muitas vezes inflar a mesma pra que ela apareça e mimimi), viver cada emoção que uma gestação nos proporciona, e passar por cada dia como se ele fosse uma nova descoberta... Acabei ficando com MUITA saudade e resolvi relatar aqui as primeiras semanas.


 0-12 semanas
Minha menstruação tava atrasada fazia alguns dias (ela nunca atrasou), mas como eu tomava remédio neeeeem esquentei a minha cabecinha.
Subi num banco para procurar alguma-coisa-que-agora-eu-não-lembro em cima do guarda-roupas e PUFT! Me deu uma baita tontura que se eu não me jogasse num pulo (literalmente) eu teria espatifado da forma mais linda que a sua mente puder imaginar. Era o primeiro sintoma. Eu não percebi.
Eu não percebi também que durante uma viagem na páscoa eu enjoei horrores dentro do ônibus (coisa que nunca tinha acontecido nem descendo a serra), e que o enjôo não passou nem quando eu cheguei, nem quando eu comia, nem nunca mais (mentira, passou, mas demorou um pouquinho...). E eu não percebi que eu enjoei tanto só de ouvir falar em páscoa que eu queria ver a Dercy Gonçalves nua deitada na minha cama, mas não queria ver um ovo de páscoa tão cedo.
Passaram-se mais alguns dias e nada da minha menstruação vir. O remédio já tinha acabado e eu já estava prestes a começar outra cartela enquanto sentia umas cólicas aqui e outras acolá.
Daí decidi fazer um exame de farmácia e o resultado tá aqui (eu já tava com 6 semanas).
Enquanto a ficha ainda caía, eu decidia como ia contar pro meu pai (Obrigada, mãe!), pensava no que íamos fazer da vida (ou no que a vida ia fazer da gente)... Eu comecei a enjoar constantemente.
Mas enjoar de uma forma quase que absurda. Porque eu não podia sentir cheiro das coisas que eu mais gostava, e eu enjoava de coisas que eu jamais imaginei enjoar (tipo da cara de algumas pessoas, sério).
Eu enjoava vendo cores fortes, eu enjoava assistindo TV, vendo comerciais, bebês e grávidas.
Eu enjoei de feijão, de carne, de arroz, de comida, de cheiro de alho, de perfume... DE BACON. Enjoei de ser mãe, de estar grávida, de bebê. Pensei que a brincadeirinha tinha que acabar ali, porque eu já não aguentava mais enjoar... MAS É, não acabou, hahaha. Resumindo, enjoei da vida e perdi alguns kilos. 
Depois de tanto enjoar e nada vomitar (sim, porque eu enjoei todos os dias, por pelo menos 6 vezes ao dia, mas não vomitei nem uma vezinha, e isso acontecia até quando eu queria e forçava pra vomitar -  e não conseguia).
Depois de tanto enjoar e de gastar horrores em caixas de chicletes pra tentar amenizar o gosto amargo (que eu NUNCA vou esquecer) da boca, e depois de tanto ouvir que existem mulheres que enjoam até o 12º mês (HAHAHAHAHAHAHAHA), eu descobri os benefícios de um dos meus melhores amigos, o Dramin B6. Através dele pude descobrir todos os dias, os prazeres de se almoçar bem. Aí enjoei do Dramin e da vitamina. No terceiro mês, parece que tudo acabou-sumiu-se-desintegrou e eu pude respirar aliviada sentindo o cheiro do feijão-delicioso-da-minha-mãe-sendo-cozido. AMÉM.


Não tive infecção urinária e nenhuma outra "complicação".


13 - 20 semanas.


Os enjôos foram substituídos pelos desejos. Eles estão aqui. Mas pra não te fazer ler tudo de novo, vou relatar um pouco por aqui mesmo.
Cara, desejo de grávida é uma coisa real mesmo. SÉRIO, eu nunca botei muita fé, mas depois de viver isso, eu respeito todos os desejos de todas as grávidas de todos os planetas existentes nesse Universo (e considero a existência de outros, se for o caso também...).
Enfim, eu sentia vontade de coisas que eu sempre odiei, tipo... Arroz com frango. Sério, sempre repudiei arroz com frango, mas fiz a minha mãe desenterrar os instintos mais caipiras e fazer uma panelada (literalmente) de arroz com frango. E comi como se nunca tivesse visto arroz, nem frango... Uns 3 pratos (não sei como não vomitei). Depois senti vontade de feijoada. Ótimo, né? Nada fora dos padrões gastronômicos considerados normais. SERIA... Se eu não odiasse e abominasse feijoada. Não sucumbi. Minha mãe insistiu dizendo que faria uma só com coisas gostosas/respeitáveis, mas eu não quis. Preferi correr o risco do Pedro nascer com sei lá, cara de focinho de porco. Melhor assim.
Daí senti vontade de empada de palmito, McDonald's em doses não recomendadas pela OMS. E por aí vai... Tirando os desejos (que cá entre nós, não tem nada de ruim), essas 7 semanas foram maravilhosas.
A fase de curtição mesmo! De comprar a primeira roupinha com uma cor mais latente... E começar a pensar no nome, no quarto e tema de decoração.


20 - 27 semanas.


Barriga superaparente. Cabelo brilhante. Pele mais rosada. Só coisas lindas.
Ansiedade já batendo um pouco, contagem dos dias e o turbilhão de emoções e correria pelo quarto e tal.
Comecei a sentir dores nas costas, mas nada que fosse muito incômodo.




27 - 31 semanas.


O bicho tá pegando, rapá! Eu já disse e torno a repetir... Gravidez tá longe de ser doença, mas porran, às vezes dói como se fosse.
Não existe nesse planeta uma posição confortável pra dormir (juro que daqui a pouco tentarei dormir em pé), não existe pulmão e coração que continuem no mesmo ritmo de trampo após 3 passinhos.
A azia veio no nível 16 hits (e pra ajudar, eu odeio o maldito remédio), eu sinto algumas cólicas, e dores intensas na costela... As pernas cansam com extrema facilidade e qualquer atividade cotidiana tem se tornado impossível... Colocar sapatos/amarrar cadarço e trocar de roupas estão entre elas.
Ainda bem que faltam pouquíssimas semanas! :)












PS: Lembrando que nem todas as grávidas são iguais e que pessoas no geral, possuem diferentes tipos e níveis de limitações. Então por favor não usem os sintomas citados acima como pontos de comparações à outras gestações (sendo elas, melhores ou piores).
Eu sei das minhas limitações, o quanto eu aguento ou quando devo ceder. Assim como a mãe tal também sabe (e se ainda não sabe, tenha certeza de que saberá).

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