sábado, 28 de janeiro de 2012

1 mês.

Tô achando que passou rápido demais - e tô querendo voltar pro dia em que vi o Pedro pela primeira vez. :(
Mas ao mesmo tempo, quero vê-lo crescer e se desenvolver de forma sadia - e feliz. COMOFAS?

Hoje o Pedro completa seu primeiro mês de vida!
Nesse curto período de tempo, Pedro sorriu demais, mamou demais, chorou demais (algumas noites, porque ele é bonzinho), resmungou demais e mostrou ser inteligente demais!
Adorou olhar para os bichinhos que habitam os nichos, adorou ouvir e brincar com a Arca musical, adorou segurar no meu seio enquanto mama, adorou o bebê conforto - e os passeios de carro, adorou colocar a mão atrás da cabeça e segurar/puxar seu denso cabelo, adorou o banho, adorou todos os parentes, mas principalmente as vovós e o papai. ♥
Aprendeu a colocar (e a tirar) a chupeta na boca e a chorar balbuciando um infindável "ai ai".

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Filho, não vou te dar parabéns hoje! Hoje eu quero mesmo, é te agradecer. Obrigada! Por me tornar uma pessoa melhor, mais compreensiva, mais centrada, mais humana, mais sensível, mais mulher e mais mãe.
Hoje, tenho certeza que a cada dia que passa, te amo mais. E que cada gesto seu, me enche de orgulho.
Se antes eu já babava por você, agora então...
Nesse primeiro mês, soubemos que você já engordou e já cresceu. E isso é sinal de que anda cumprindo com maestria as suas "tarefas".
Obrigada, filho. Por ser tão perfeito, tão amável e principalmente por ter me feito SUA mãe.




terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Mais do parto.

Depois de ter passado tudo o que eu passei, e ter entendido um pouco mais sobre todas as coisas da vida.
Eu venho percebendo o quão o ser humano é medíocre.
A cada blog que visito, sinto uma decepção - e uma pena também.
Por quê? Porque mulheres lindas, mães, sinônimos de força e tudo mais, estão fazendo do "parir" um grande grupinho fechado que só entra quem pariu "de verdade" - e quem é "mãe de verdade".
O que é ser mãe de verdade? Ter um parto normal?
Porque eu não tive um parto normal, mas acordo enecentas vezes de madrugada pra amamentar meu filho, com um sorriso no rosto.
Acordo mais enecentas vezes pra me certificar de que está tudo bem com ele.
Troco mil fraldas por dia, e nunca reclamo. Sinto dor na minha barriga, quando a dele dói.
Passo horas quase que incontáveis acordada sem dar sequer um cochilinho.
E vem uma nêga e cospe na minha cara que eu não sou mãe (ou sou menos mãe) porque não tive um parto normal?
Como assim?
Ninguém sabe o que eu passei. Eu senti todas as dores de um parto normal, pra no final ter de partir pra uma cesárea. EU TIVE DOIS PARTOS.
Tudo isso, porque não aceitei ter uma cesárea agendada.
Outra coisa...
Por que diabos, tudo na internet tem que virar ativismo? Draminha? Que saco! Que ASCO!
Não há necessidade desse furdunço todo. Não mesmo, pelo menos ao meu ver.
Todas as pessoas têm limitações, todas as pessoas são diferentes. Por que que em pleno século XXI, pouquíssimas pessoas entendem isso, mesmo quando a maioria delas não são burras?
Eu também sou contra cesáreas agendadas. Eu também acho errado uma porrada de coisas, mas nem por isso vou sair tacando pedra na cabeça de quem aceita tais condições.
Até porque, venhamos e convenhamos, Brasil, que cada uma cuide do seu filho. E ESQUEÇA DO FILHO DOS OUTROS.

Sem contar que, eu venho percebendo que tudo é uma questão de ego. Mulheres querem parir para que isso sirva de combustível pra inflar o ego.
"Opa, eu pari. Sou mais forte, mais corajosa e mais mãe que você!"
Que ridículo, que patético!
Assim, vocês, convictas desses blablablás chatérrimos, não se tornam mães. Se tornam egoístas.
Tudo bem não aceitar todos os procedimentos-padrões-desnecessários-e-cesáreas-agendadas-com-37-semanas-e-injeção-de-corticóide-pra-amadurecer-o-pulmão-do-bebê. Mas cá entre nós, vocês concordam que em alguns casos uma episiotomia é necessária, que em alguns casos a cesárea é necessária, que em alguns casos...
Então, nesses alguns casos, cabem mulheres e mães. E essas mães, são tão mães quanto quaisquer outras mães que tenham parido no hospital, em casa, em casa de parto, na rua ou onde quer que Deus tenha designado o parto para elas.

Disso tudo, só aprendi que não importam os meios, importam os fins. Pedro está aqui comigo, assim como o filho da fulana que pariu está lá, com ela... Isso é o mais importante.

Yes! Nós temos...

...Sorrisos bonitos, sinceros e deliciosos! (E temos também, mamãe babona!)





sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Sobre a suposta gravidez de quadrigêmeas.

Há algumas semanas fomos surpreendidos por uma mulher grávida de múltiplos. Não se tratava de mais uma gravidez comum, dentre tantas grávidas que vemos e conhecemos. Se tratava de uma mulher, cuja barriga estava quase que de um tamanho surreal, se tratava da supermãe de quatro Marias, que supostamente, estavam sendo esperadas com ansiedade e muito amor.


Maria Verônica, de 25 anos, parecia querer mover terra e céu, quando deu uma entrevista à Rede Record. Com tal entrevista, comoveu milhares de pessoas que sentiram uma certa empatia por ela.
Sabemos que hoje em dia, é realmente muito difícil criar um filho só, quanto mais quatro, numa porrada só.
Imagine você, grávida, tendo de comprar tudo o que você comprou com muito esforço, vezes quatro. Difícil, né?


Eis que diante de toda a euforia gerada pela supermãe superbarriguda. Surge o médico GO, Dr. Wilson Vieira de Souza, afirmando que em um exame realizado em outubro, constatava que Verônia não estava grávida.


Depois de tanto furdunço, entre uma barriga gigantesca, uma vida financeira quase nada ajustada para criar 4 crianças e a dúvida da farsa. Surge um novo e surpreende ponto nessa história tão bizarra e intrigante.


A blogueira Ana Paula Mückenberger Alves, levou um susto quando abriu a sua caixa de e-mail, e se deparou com o vídeo de Maria Verônica. O que a assustou não foi o tamanho da barriga, ou a interessante história de Maria Verônica estar esperando 4 meninas, concebidas de forma natural, após uma vasectomia e sim, o fato de que ela viu Maria Verônica expondo, como se fosse de sua posse, a imagem de um ultrasson 4D, que na verdade, era do filho de Ana Paula - conforme esse post. A blogueira afirma que tomará providências judiciais contra Maria Verônica.


A história toda é tão inadmissível, que fica realmente difícil afirmar ou não afirmar se Maria Verônica está mesmo grávida, ou não. E se não estiver, fica difícil de entender até onde ela queria chegar com um quarto montado com 4 berços, com nome de 4 Marias.
Não sei se é a necessidade de atenção, ou o desejo de comoção da massa. Só sei que muitos pontos levam a crer que Maria Verônica inventou tudo isso. E a farsa tomou tamanha proporção, que o assunto está sendo discutido nos mais variados pontos.


O médico especialista em reprodução humana, Dr. Sang Cha, citou ainda esta semana, que algumas características físicas de Maria Verônica, não condizem com uma gravidez de múltiplos.
A barriga voltada para cima é um dos pontos citados. A facilidade pra se locomover é outro desses pontos. Segundo Cha, a probabilidade de uma gravidez quádrupla gerar 4 meninas, é de uma em um milhão.


Se for constatada a farsa, Maria Verônica poderá ser indiciada por falsidade ideológica e estelionato. O exame para a confirmação da gravidez será realizado na próxima semana, no IML de Taubaté.


O advogado de Maria Verônica disse que ela afirma estar mesmo grávida e em repouso por orientação médica. 


Bom, de tudo isso, eu só tiro uma lição:
Devemos ter muito cuidado com o tipo de material que expomos na internet. Eu não sei quais os motivos que levaram Maria Verônica à roubar (sim, pra mim, isso é roubo) a imagem de um ultrasson de um outro bebê - que não era dela. Não sei se ela está esperando 4 meninas ou se tudo não passou de uma farsa, e se realmente for uma farsa, não sei o que levou-a a inventar isso tudo e não sei até onde ela queria chegar com isso.
Longe de mim querer julgá-la, apesar dos erros cometidos. Talvez ela tenha muita vontade de ser mãe, ou talvez só queira se aproveitar da boa vontade das pessoas. Mas cá entre nós, amigues, isso tudo me assustou bastante!





Primeira ida a Tatuí.

Esse é um post muito especial, que não poderia passar em branco de jeito nenhum.
Hoje o Pedro irá fazer sua primeira viagem.
Viagem curta, mas ainda assim, viagem. Vai visitar e conhecer os parentes de Tatuí.
Acho que todo mundo aqui sabe que o papai do Pedro mora em Tatuí  e acho que todo mundo sabe que eu moro em Sorocaba.
Então, desde a chegada do Pedro, os parentes tiveram de vir até ele, mas amanhã essa estória irá mudar. Pedro irá pela primeira vez, a casa da vovó. :)

E a vovó (como é beeeem típico de vó), irá preparar um jantar bem especial, unindo toda a família, pra apresentar o Pedro.
Assim que nós voltarmos, colocarei aqui, o primeiro registo familiar do Pedro, com todo o lado paterno unido.


Beijinhos e bom fim de semana à todos.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Os sorrisos.

Pedro é chegado no papai.
Papai assovia, ele sorri um sorriso banguela
Papai canta, ele sorri um sorriso banguela.
Papai diz qualquer porcaria pra ele, ele sorri um sorriso banguela.

É uma das coisas mais lindas que já vivenciei. Um elo tão intangível, mas tão notável vindo de um pequeno ser com alguns dias de vida. É maravilhoso. Indescritível, eu diria. Por mais que poucos desses sorrisos sejam pra mim, eu fico extremamente feliz e lisonjeada por poder fazer parte de uma família e por poder observar de pertinho a imensidão dos sentimentos fraternais.

Meus dois meninos. ♥

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

2011 & 2012.

Eu queria um botãozinho de agradecimento. Eu ia ficar apertando, apertando, apertando repetitivamente, até que o meu ego pudesse ser desinflado ao ponto da humildade ser maior e o orgulho menor, pra que eu pudesse entender sem entrelinhas e demagogias, que Deus é mesmo perfeito ao ponto de colocar a Sua perfeição em cada detalhezinho da vida.
Queria tirar a trave dos meus olhos pra perceber também, que mesmo sendo um instrumento humano imperfeito, Deus me usou pra criar um ser perfeito.

Pedro foi a minha melhor, maior e mais gostosa realização, e por ele, o ano de 2011 com certeza foi o mais completo da minha vida.

Eu queria esse botãozinho pra agradecer pela família que eu consegui construir. Pela força que eu tive e pelo apoio que eu recebi. Queria o botãozinho pra agradecer pelo pai maravilhoso (companheiro, amigo, cúmplice, amoroso e tudo o que não couber aqui) que meu filho tem. Pela avó coruja que tá sempre atenta e pronta pra nos ajudar, pelo restante de nossas (tanto o lado paterno quanto materno) famílias que sempre nos apoiaram diante de todas as dificuldades que é se tornar pai/mãe inesperadamente - deliciosamente, rs.
Queria o botãozinho pra facilitar nos agradecimentos. Agradecer a cada visita no blog. Saber que tudo o que passou, e o que ainda vamos passar - e compartilhar aqui - é tão importante que as pessoas ao nosso redor se dão o trabalho de nos visitar virtualmente todos os dias, é uma grande honra e um grande orgulho pra nós.

Queria um botãozinho de desculpa também. Pra eu apertar pensando nas pessoas que eu magoei, pensando nas mancadas que eu dei, e em todas as vezes que eu fui humana e errei. Mas apesar disso tudo, pra 2012:

Desejo um baldão de saúde pra todo mundo! Muito amor, muita felicidade, prosperidade. Bebês lindos, gordinhos e saudáveis. Partos bonitos pra todo mundo. Muitos exames de farmácia com duas faxinhas coloridas. Muitos médicos humanizados. E maternidade. Mas a real maternidade, com o verdadeiro sentido de gerar uma pessoa, não a maternidade banalizada de hoje em dia. Desejo seios fartos e filhos fortes.
Sorrisos babados e banguelas às 3 da manhã. E muito, mas muito amor, em todas as suas formas!
E acima de tudo, desejo ser mãe por completo!

VAMOS, GENTE, AINDA DÁ TEMPO, É SÓ DIA 12.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

O dia em que o Pedro chegou!

Até agora, eu não sabia se queria ou não falar disso aqui.
Porque foi dolorido pra mim, ver que as coisas não saíram do jeitinho que eu planejei com tanta confiança em mim mesma e no Pedro.
Mas agora, esse post ficará marcado como a libertação da minha frustração, das minhas dores, e até do meu fracasso, se isso for cabível à mim.

Comecei a ter contrações à 00:00 do dia 23 pro dia 24/12. (38 semanas e 1 dia).
Sem susto, sem neurose e só um pouco ansiosa, decidi visitar o hospital, só pra desencargo de consciência. E antes de rumar pra lá, resolvi tomar um banho demorado.
As contrações estavam fracas e sem ritmo, mas não pararam durante meia hora. Segui pro hospital. Cheguei lá, fui atendida e examinada, a médica de plantão então constatou 1 dedo de dilatação e me mandou voltar pra casa. E se caso as dores aumentassem, era pra eu retornar. Decidi ir caminhar no Extra.
Cheguei em casa, as dores sumiram. Fiquei decepcionada e fui dormir.
Acordei e tudo estava tranquilo, inclusive as contrações. Senti poucas, com intensidade baixa e desreguladas.
Assim também ocorreu durante todo o dia 25.
Dia 26, eu acordei bem cedo e percebi que as contrações estavam bem mais fortes e rápidas. E todas as vezes em que elas apareciam, o papai do Pedro (lê-se: meu marido) vinha me fazer massagem e foi assim, durante toda a manhã.
Neste dia, eu tinha consulta marcada com o Dr. Marco, médico do meu Pré-Natal. Era o início das consultas semanais.
A tarde, consegui levantar bem calma e passar alguns relaxantes minutos debaixo do chuveiro, antes de seguir pro consultório. Chegando lá, notei que ele estava lotado - e notei também que as minhas contrações aumentavam. Pra não ficar esperando (tinham 3 pacientes na minha frente) e com medo do tamanho da dilatação, resolvi seguir direto pro hospital Samaritano.
Cheguei lá e já de cara, odiei o tratamento que recebi. Demoraram horrores pra me atender, e quando o médico de plantão (que eu nem fiz questão de saber o nome)  me atendeu, eu me arrependi de ter ido pra lá. O motivo? O exame de toque que normalmente já não é agradável, conseguiu ser 100 vezes pior e 1000 vezes mais dolorido. 2 dedos de dilatação.
Além do que, o médico perguntou se o Pedro estava sentado. Juro que a minha vontade na hora era de responder: Se você, que estudou sei lá quantos anos pra saber, não sabe. COMO EU VOU SABER?
Mas aí eu respirei e decidi ficar quietinha escutando a discussão entre o médico e a enfermeira sobre o que eles iam fazer comigo e sobre os problemas que eles tinham lá. Aí eles decidiram ligar pro meu médico (que também trabalha nesse hospital), e ele disse pra me darem um soro com Buscopan, uma injeção (que eu sei que serve pra amadurecer o pulmão do bebê) e o exame pra escutar o coraçãozinho do Pedro.
Fiquei internada num quarto sozinha. Do quarto, eu conseguia ouvir os gritos/choro das parturientes e os xingos que as mesmas levavam das enfermeiras. Nesse momento, eu só queria sair dali.
Às 18:30, meu médico apareceu e me deu alta, pedindo pra que no outro dia, eu fosse ao consultório.
Ainda estava com contrações. E passei a noite assim... Entre contrações e massagens recebidas do Jeferson.

No dia 27, às 7 da manhã, eu acordei. As contrações estavam fortes, eu tomei 84728274637 banhos e consegui chegar no consultório. Lá, fizemos o toque e meu médico constatou que não havia evolução na dilatação. E ainda assim, eu queria um parto normal.
Ele, pra ter certeza, perguntou, e eu respondi que sim, queria um parto normal. Então, ele fez uma estimulação que cá entre nós, doeu horrores. E me mandou voltar no consultório dia 2/1.
Depois da estimulação a dor aumentou, mas ainda assim cheguei em casa e fui fazer uma caminhada. Consegui andar por uns 20 minutos e voltei pra casa pra descansar.
Acordei quase meia noite, fui tomar um banho e percebi que tinha perdido o tampão. Fiquei muito, muito, muito feliz e empolgada.

No dia 28, acordei às 5 da manhã com muita dor. Peguei um papel, liguei a tv e comecei a anotar. Uma a cada dez minutos. Depois, uma a cada sete minutos, uma a cada 5 minutos... E eu cochilava entre uma contração e outra. Estipulei que esperaria até o meio dia se elas não ficassem tão próximas, antes de chamar alguém e pedir pra ir pro hospital.
Meio dia, tava uma a cada 4 minutos. Pedi pra ir pro hospital Modelo. Minha mãe me levou, junto com o Jeferson.

Cheguei lá, fiz todos aqueles procedimentos chatos na recepção (com muita dor) e subi.
Demoraram um pouquinho pra me atender, porque a maternidade estava lotada. E assim que fui atendida, a enfermeira constatou 4 dedos de dilatação e liberou a minha internação. Já eram 15h.
Fui pro pré-parto muito calma. Fiz exame de sangue e o cardio no Pedro, na companhia da minha vó.
Tomei banho, fui pra bola... Recebi massagem e tudo mais. Vieram me examinar e eu tava com 5 dedos de dilatação.
As 3 horas seguintes foram de muita dor, mas ainda assim, elas eram bem suportáveis.
Às 18h, a enfermeira apareceu e decidiu romper a minha bolsa. Não senti dor nenhuma.
No exame de toque, ela percebeu que durante essas 3 horas, minha dilatação não tinha evoluído.
Meia hora depois, meu médico chegou.
Disse que não sabia se ia poder fazer o meu parto, já que o combinado era que eu fosse pro hospital Samaritano.
Ainda assim, eu continuei calma. Não importava o médico, a única coisa que importava era a saúde do Pedro.
Aí meu médico me examinou e constatou que o Pedro tava com a cabeça bossa.
Pra quem não sabe, cabeça bossa é quando o recém nascido tem a cabeça com forma de cone, por conta do acúmulo de líquidos no topo da cabeça.
Eu não sabia o que significava cabeça bossa e fiquei muito preocupada.
O Dr. disse pra eu fazer força e disse também que voltaria pro Samaritano e que dentro de 2 horas estaria de volta, visto que se o Pedro não tivesse nascido, nós partiríamos pra uma cesárea.

Nessas duas horas, eu forcei, pedi pra Deus, chorei, me senti fraca e mais um milhão de sentimentos e tentativas tanto psicológicas quanto físicas que não deram certo.
Pontualmente, o Dr. Marco apareceu com a enfermeira já colocando uma touca nos meus cabelos.
Eu perguntei pra ela: Vamos pra cesárea? E ela respondeu: Sim!
Desabei de chorar. Entrei no centro cirúrgico chorando.
Dr. Frederico, o anestesista, me acalmou. Perguntou meu nome, perguntou sobre as minhas tattoos, me explicou sobre a cirurgia (o que eu já sabia) e a anestesia, perguntou o nome do Pedro.
às 20:48, eu ouvi o choro do Pedro pela primeira vez.

A partir daí, minha memória fica um pouco falha.
Lembro que vi a cabeça dele e tomei um susto. Lembro que levaram ele pra uma saleta ao lado, onde eu podia enxergar. Vi ele sendo medido, sendo limpo e pesado. Olhei pra balança, ele pesava 3,385kg.
Vi a minha avó assistindo meu parto. E vi a enfermeira me trazendo ele ainda todo sujinho, embrulhado num paninho, com uma touca feita de faixa. Ela me disse alguma coisa que eu não conseguia lembrar.
E esse momento, palavra nenhuma conseguiria descrever o sentimento. Lembro que eu dei um beijo no rosto dele, e ele abriu os olhos pretinhos pra me olhar. Aí eu lembro bem que eu chorei com mais vontade e mais força do que eu já havia chorado.
Lembro que levaram ele pro berço aquecido, e lembro da pediatra vindo falar pra mim que ele estava bem, que ele era saudável, apesar da cabeça bossa.
Nesse instante, eu vi o Jeferson entrando. Ele passou pelo Pedro e nem percebeu. Então eu levantei o braço e apontei pro lado dele. Ele olhou e mesmo de longe, eu pude sentir a felicidade. A felicidade dele, a felicidade do Pedro e a minha felicidade por ter conseguido constituir uma família.

Naquele momento, eu esqueci da dor, esqueci dos medos, do meu plano de parto, do que eu havia sonhado pra mim, do que eu tinha passado durante a gestação, do que eu tinha passado durante esses 4 dias.

Depois disso, eu lembro que logo que a cirurgia terminou, eu ainda estava anestesiada e colocaram o Pedro em cima de mim pra mamar. Ele ficou mamando por uns 30 minutos, na porta do Centro Cirúrgico, antes de me levarem pro quarto.

Já no quarto, Pedro ficou comigo sem roupa (ele) durante 6 horas. Só no contato pele a pele. Apesar dos traumas sofridos, eu dormi sossegada com ele nos braços, literalmente.



Meu parto não foi como eu havia planejado. Eu queria um parto normal de todas as maneiras, e tenho certeza de que fui até o fim pra conseguí-lo, e ainda assim, não consegui. Não sei se foi culpa minha, do médico ou se a natureza quis assim.
O que importa mesmo é que apesar dos pesares, eu aprendi que mesmo planejando cada segundo de cada fase de nossas vidas, nunca, nunca e nunca teremos a plena certeza de que tudo sairá como planejado. E que o melhor mesmo, é deixar as coisas acontecerem, de forma que não haja frustrações, decepções e "culpa" no final das contas. Pedro nasceu saudável, e eu agradeço a Deus por isso. Nas horas que passei no  hospital, vi mães que perderam os bebês, mães que tiveram complicações que resultaram em bebês na UTI e mães saudáveis com bebês saudáveis, como eu.
Diante disso, pude ver o quão medíocre é de nossa parte, e quão ilusório é querer reger a natureza. Não há médico, não há parteira, não há doula e não há enfermeira que possa intervir e mudar o que Deus escreveu.


Ele nasceu com 49 cm e 3,385kg, às 20:48 do dia 28 de dezembro, no hospital Modelo, em Sorocaba.
Pedro com poucos minutos de vida e carinha de joelho, no berço aquecido.


sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Os primeiros quase 10 dias.

Passei duas noites na maternidade. A primeira logo após o nascimento do Pedro, foi tranquila. Ele mamou e dormiu, mamou e dormiu. A segunda foi punk. Ele chorou a noite toda, só queria o peito e se tirasse, ele gritava. Eu desconfiei de assaduras, pois na maternidade eles não usam nenhum tipo de pomada e desconfiei de cólicas, mas lá, eles também não disponibilizam de remédios.
Eu sofri. Recebi alta de manhã e cheguei em casa MORTA. Tomei um banho em 2 minutos, porque aqui, ele ainda não tinha parado de chorar.
Por indicação da minha tia (e claro, do pediatra dela) dei um remédio para cólicas e pronto. Tudo passou...
Desde então, ele tem seguido uma rotina. Acorda, mama, sorri e dorme. Isso, pontualmente de 2 em 2 horas.
Eu até estranhei, porque de todos os recém-nascidos que eu já vi (e olha que foram muuuuuitos) ele é o mais calminho. E se ele continuar assim, quero mais uns 20 (mentira).
9 dias depois, consegui uma foto com olhos abertos.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Novidades.

Desculpem-nos pelo sumiço repentino!

Mas agora, literalmente tudo mudou... A nossa rotina tá superdiferente.
Apesar do Pedro ser um bebê calminho que só mama, dorme e sorri (e como sorri), eu ainda estou me adaptando à vida de mamãe. :)
Confesso que tudo é muito diferente do que eu imaginava. Nessa primeira semana eu chorei incontáveis vezes. Acho que foi até engraçado. Porque era só eu olhar um pouquinho pro Pedro, que já desaguava uma cachoeira dos meus olhos. Eu sabia que seria uma mãe bobona, mas não a esse ponto...

Enfim, nessa primeira semana de adaptação, Pedro recebeu algumas visitas e ganhou vários presentes... Como tudo tá corrido por aqui, resolvi colocar tudo num post só!

Tênis, do tio Nato e tia Flávia. 

Bebê conforto, do Celsinho amigo do papai. 

Body e shorts, da tia Vana.

Jogo de lençol, da tia Gisele.

Manta, da tia Neli.
Carrinho, da tia Silvia, tio Du, Cássia, Ana e Pedro Henrique.