quinta-feira, 24 de novembro de 2011

O chato necessário.

Eu nunca falo de coisas chatas aqui e quando falo é mais pra desabafar sobre eu mesma, sobre como é estar grávida e sobre a vida.
Nunca são textos críticos ou analíticos sobre um assunto específico, mas como tudo nessa vida tem dois lados, por vezes é necessário chutar o pau da barraca e falar tudo o que vêm na cabeça.

Antes de ser uma mamãe blogueira, eu fucei muuuuito em outros blogs, li, reli, TRELI...
Coisas necessárias, posts sobre a vida, sobre as experiências maternais, sobre os bebês e etc... Tanto fucei que acabei me aprofundando cada dia mais no assunto, virei noites lendo sobre outras mães, sobre as dificuldades e tudo mais que a sua mente te permitir imaginar.

Sempre soube que a internet é terra de ninguém, que aqui ninguém manda, que todo mundo late demais e não diz na cara nem metade das coisas que tem coragem de dizer ou até mesmo fazer via internet.
Mas entre tantos cachorros que latem e não mordem, há aqueles que latem e mordem. Assim como há aqueles que não latem e mordem mais ainda... Conhecidos na internet pelo nome de "stalkers".

Cês já pararam pra pensar quanta gente passa por uma página na internet? Muitas. MESMO. Em pouco tempo de blog, já passaram por aqui, 4 mil visitantes. E no meu outro blog, mais de 10 mil visitantes.
Claro que a maioria dessas pessoas a gente "conhece", mas levando em conta que foi só eu digitar "blog gestante" ou "blog de mãe" no Google, que apareceram um milhão de resultados, e eu curiosa cliquei em todos, li muitos do começo ao fim (sim, do começo ao fim), com a maior facilidade de "adentrar" ao universo materno daquelas mulheres (com a melhor das intenções), que deve ser muito fácil adentrar aos mesmos universos, com as mais podres intenções, não é?

Isso mais do que me assustou. Eu já entrava no Facebook de uma gestante (por curiosidade mesmo) pra ver como estava a gestação dela e tudo mais, e assim que a filha dela nasceu, ela deixou bem claro que não ia expôr sequer uma fotinho da menininha. No começo achei estranho essa atitude, porque mãe, AAAH, MÃE quer mais é expôr, se orgulhar e tudo mais. E por mais cuidadosas e cautelosas que sejamos, meu bem, o mal está aí, pra inglês ver, não é?

Daí como se tudo isso não bastasse, eu ainda entrei no blog de uma mãe que estava citando um fato muito curioso e ASSUSTADOR, que se passou mais ou menos assim:

Criaram um blog materno. Fotos, textos, compras, narrações e etc. Mãe & Filhos.
Outras blogueiras começaram a desconfiar da veracidade do conteúdo do mesmo, até que...
Tcharam. Era um blog falso, criado pela babá das crianças. OU SEJA, ela queria se passar pela patroa, começou a expôr fotos das crianças, da casa, textos... Enfim, expôr a vida que NÃO ERA E NUNCA SERÁ DELA.
Bizarro, né? Também achei. Achei também uma loucura, uma obsessão, um problema, uma doença que PRECISA ser tratada. Se possível, com cadeia, tá?

Mas então, depois de ver tanta deselegância no mundinho virtual, eu comecei a me policiar diante do que escrevo, do que posto, do que mostro.
Sei que é pura balela querer privacidade na internet e tudo mais. Que "nóis tamo" aqui é pra exposição mesmo, mas até onde é necessário?
Pra falar a real, ninguém se expõe ao último, né? E quando acidentes de exposição ao último acontecem, a vida da pessoa exposta se torna um caos.
Portanto, eu acho sim, necessário, útil e admirável certas precauções.
Mas quais seriam estas precauções?
Tirar o blog dos resultados de pesquisa?
Adicionar marca d'água em todas as fotos publicadas?
Não mostrar a "cara" do bebê?
Bloquear o botão direito do mouse para evitar cópias?
Fechar o blog para leitores convidados?
Etc, etc, etc?
Bom, não sei... Eu tomei decisões particulares. Bloqueei o botão direito do mouse (que não deve servir pra muita coisa, mas alivia a consciência), adicionei marca d'água em todas as fotos publicadas.
Sobre expôr ou não expôr fotos do Pedro, eu ainda não sei... Não formei uma opinião, e sinceramente não sei se um blog direcionado a ele, sem fotos dele, funcionaria, né?
O que eu vi e que me pareceu ser mais eficiente do que tudo o que eu havia visto, foi o seguinte:
O conteúdo do blog (fotos) só aparece para leitores cadastrados por e-mail. Ou seja, pra ver tudo, você precisa se cadastrar digitando o seu e-mail.
Não sei se eu vou tomar esse tipo de atitude, porque por mais ingênua que eu tente ser, eu sei que muita gente indesejada, maldosa, etc e tau, entra aqui pra fuçar, bisbilhotar, julgar e fofocar. Mas até aí, tudo bem... Porque não estão fazendo mal algum pra mim ou pro Pedro, mas é bem sugestivo evitar do que remediar, né?

Então, mães, amigas, mulheres, pessoas de bem em geral: Tomem cuidado com o que vocês expõem! Assim como existem pessoas maravilhosas que eu conheci por aqui, existem também demônios que habitam as mais profundas telas de computador e com esses, a gente tem que tomar cuidado tanto aqui, quanto na terra onde a maioria das coisas são tangíveis.

2 Opiniões:

Raiza Dias disse...

Adorei o post...eu já andava pensando nisso tbm, axo que vou tomar algumas atitudes tbm!!!Nunca se sabe o que passa na cabeça das pessoas né!!

Yara Guariglia disse...

Isso é mto complicado mesmo, principalmente se tratando de internet, onde os crimes raramente tem punições. Eu já fui vítima de um "stalker". A psicopata criou um e-mail com meu nome e ficou por mais de um ano conversando com uma pessoa e se passando por mim, ela sabia mtas coisas da minha vida, com certeza através de facebook. Depois disso eu travei todo meu fb, espalhei que estavam enviando e-mails usando meu nome, conversei com quem recebia os e-mails dela, mas não valeu mto a pena. Só pude ler um e-mail que ela escreveu como se fosse eu, tenho a plena certeza de quem é ela e não posso/pude fazer nada, pq a pessoa que trocava e-mails com ela não colaborou p/ q eu pudesse provar q era ela e tentar tomar alguma providencia judicial (quase impossível nesse país sem leis). Resolvi escrever um e-mail p/ o endereço fake, bem séria, bem centrada, sem perder a linha, escrevi coisas que até eu me surpreendi, eu falei do fundo do meu coração que ela precisava de um psiquiatra, de Deus e até de um exorcista, pq querer viver a vida de outra pessoa não é normal. Eu acho que resolveu, mas ainda tenho medo. Agora pensei "será que ela já achou o blog da Manuela?", e pensei de novo "o que eu faço agora?". Não quero me privar do blog, de registrar td que tenho registrado e compartilhar com as pessoas que eu gosto. Por outro lado, não quero ter mais problemas. Não sei o que fazer :s

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