Todas as grávidas (e todas as pessoas, of course) sabem que a amamentação é mais do que importante para o desenvolvimento saudável do bebê, mas nem todo mundo sabe que para conseguir amamentar, é necessário ter um preparo físico e psicológico um tanto quanto "puxados".
Confesso que quando estava grávida, pensava que essa seria a pior parte de todas, que deveria ser horrível ter uma criança te sugando e blablablá.
Isso tudo porque a minha mãe não curtiu nem um pouquinho o período em que me amamentou (exatos 6 meses).
Quando o Pedro nasceu, ele foi automaticamente colocado em mim, para aprender a "pega" e então, se alimentar.
A primeira noite foi MARAVILHOSA, eu estava ansiosa e feliz pelo momento, e ele estava esfomeado! Por conta disso, mamou a noite toda.
No segundo dia, também não tivemos nenhum probleminha sequer... As enfermeiras me ensinaram as melhores técnicas, recebi quase que uma aula teórica-prática sobre a amamentação e sua importância e etc, etc, etc.
Em nossa segunda noite no hospital, Pedro teve cólicas horríveis, e bebês recém nascidos quando têm cólicas procuram - e querem somente o peito. E por conta disso, Pedro mamou a NOITE INTEIRINHA, com força e acabou machucando o bico do meu peito (rachaduras).
No outro dia, quando recebi alta logo pela manhã e pude vir pra casa, eu simplesmente não conseguia alimentá-lo!
Chorei, pedi uma esgotadeira de presente pra minha tia, comprei Massê, mordi uma fralda... Enfim, fiz de tudo. E nada adiantou (a não ser um santo remédio pra cólicas).
Usei Massê por alguns dias, mas eu tinha preguiça de tirar todas as vezes em que o Pedro queria mamar, que acabei desistindo dela.
O mesmo aconteceu com a esgotadeira! Tentei usá-la algumas vezes em que estava quase que insuportável amamentar, mas foi sem sucesso.
Até agora (um mês depois) eu ainda sinto dores logo que o Pedro consegue "pegar". Essa dor me agride um pouco, mas depois de uns 5 minutos ela fica quase que imperceptível.
Tudo isso me aconteceu porque eu simplesmente não dei ouvidos à técnica inteligentíssima de esfregar bucha vegetal nos mamilos em todos os banhos. Eu nunca fiz isso, e por conta desse desleixo, tenho pago o pato todos os dias.
Apesar de todas essas dificuldades que acabam por atrapalhar um pouco, eu amamento o Pedro de 10 a 20 vezes por dia, e em cada uma delas, me sinto mais especial.
Amamentar um filho não é só importante pelo fato do leite materno ser considerado uma vacina.
É importante também pelo vínculo criado. Pela entrega e pela dependência do seu bebê. Ele depende de você. Você é a única fonte de alimento que ele conhece!
Não é maravilhoso? É! Ninguém deveria deixar de amamentar, pois esse é um ato de amor inenarrável.
Hoje, mais do que nunca, eu já penso em quando terei de desmamá-lo. Por mim, eu o amamentaria até quanto a OMS sugerisse (2 anos), mas sei que depois de 10, 11 meses, fica difícil de tirar, porque eles já entendem, e aí rola o stress, a lombriga e tudo mais.
6 meses passam tão rápido, que logo logo estarei aqui de novo contando pra vocês como foi o desmame.
Uma ótima dica é: Faça o que for possível (e impossível) durante a gestação, para que seus bicos nunca rachem, e com isso, você terá o privilégio de curtir plenamente cada mamada!
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quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012
Sobre amamentar.
Escrito por
Priscilla Carriel
às
5:59:00 AM
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