quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Sobre os perrengues da vida de mãe.

Começou lá pelo dia 20 de agosto. Nariz entupido, febre, sono fudidamente desregulado e tosse seca.
Obviamente, sintomas de gripe.
Como ele já teve um quadro de bronquiolite e por ter ficado na companhia de um bebê com a garganta inflamada, fomos logo visitar o PS.
Após os exames de rotina, o médico constatou que se tratava mesmo de uma garganta inflamada.
Saímos de lá com uma receita de xarope. Estranhei o fato do Senhor Dotô não ter prescrito nenhum medicamento para a garganta, mas resolvi não reclamar. Primeiro porque dia 22 ele teria consulta com o Pediatra que o acompanha e segundo porque tava tarde, o plantonista tava dormindo (tinha acabado de acordar na verdade) e as chances d'ele receitar um medicamento errado era bem alta, então deixei quieto mesmo e com a consciência limpa.
Passamos na farmácia, compramos o xarope e voltamos pra casa. 
Naquela noite e na noite seguinte, o Pedro continuou mal. Não conseguia respirar direito, tava dormindo como a frequência do resultado da TeleSena (acordava de hora em hora) e eu tava podre. Mas sobrevivemos e no dia 22 fomos ao Pediatra.
Chegando lá, o Pedro tava mal. Mole, não queria nem mamar, não dormia, tossia... Enfim, uma verdadeira merda.
Depois de medir, pesar, checar ouvidos, nariz e garganta, o Pediatra receitou um antibiótico e um antialérgico.
Eu não hesitei, pois como mãe-intuitiva-instintiva que sou, notei que ele poderia piorar... Passamos na farmácia e então, comecei a administrar os medicamentos.
Um dia e meio depois, o Pedro se esbaldou na laranja... E 5 minutos depois de terminar de chupar a segunda laranja, vomitou. Mas vomitou muito!
Eu logo desconfiei do antibiótico, mas antes de dar o veredicto final, observei mais um pouco.
Passaram-se mais algumas horas e então, o Pedro acumulou a bagatela de 5 vômitos. Incluindo leite materno. Tive a certeza de que não se tratava de regurgitação, porque era diferente... E porque há tempos o Pedro não regurgita mais.
O vômito tinha o cheiro específico do antibiótico. Passei os olhos pela bula (antes que me julguem menasmãe, eu não leio pra não ficar nas neura!) e vi que vômitos e diarréia faziam parte do quadro de reações alérgicas. Pronto, intuição confirmada. Suspendi o uso e o Pedro imediatamente parou de vomitar.
Continuei com o antialérgico e com o xarope. Este, era para ser tomado até que a tosse seca desaparecesse.
Passaram-se mais 2 ou 3 dias (não me recordo) e os sintomas não desapareceram. Voltamos pro PS.
Desta vez, a Dotôra que nos atendeu, era a mesma que solicitou a internação do Pedro, quando ele teve bronquiolite.
Na hora, ela constatou que o pulmão estava carregado e pediu dois Raio-X. Da face e do tórax.
Confesso que com aquele pedido em mãos, voltei há 4 meses. Quando no mesmo hospital, chorei um balde de lágrimas por conta de internação dele. Naquela hora, um nó subiu na minha garganta, mas eu fui forte e o engoli, de forma que rasgasse todo o meu sistema digestivo.
Fizemos os exames, o Pedro obviamente chorou... E saímos da sala, sem maiores problemas.
Nos 15 minutos seguintes, passou-se uma vida toda. E os resultados saíram. Voltamos pro consultório...
Peito um pouquinho carregado. Troca de medicamentos. Uma indicação de desmame (aham, tá, dotôra), e um sentimento de frustração.
E lá vamos nós pra farmácia. Em busca de mais um antibiótico e corticóide.
Chegamos em casa, substitui a pequena farmácia que habitava a parte superior da cômoda e logo administrei os remédios.
Em 3 dias, ele tinha que melhorar. Se não melhorasse... Hospital novamente.
2 dias de se passaram e nenhuma melhora aparente. Mas dessa vez, eu decidi ir ao Hospital determinada a encontrar uma solução.
Peguei o Pedro, na companhia do papai, catei os documentos e mais uma vez, seguimos para lá. 
O mesmo Dotô - INCOMPETENTE, diga-se de passagem, que nos atendeu pela primeira vez. Nos atendeu (após uma horinha de soneca e após o pai de um outro bebê reclamar) com a mesma cara de cocô.
Sem vergonha e com bastante raiva, cuspi tudo o que tava entalado. Falei do xarope que não serviu pra nada. Da falta de medicamento pra garganta, da alergia ao antibiótico... Das 3 outras idas ao médico. Descarreguei tudo, feito uma metralhadora.
Ele receitou duas inalações com intervalo de 30 minutos, que deveriam ser feitas no próprio Hospital. E depois, retorno no consultório.
Fizemos as inalações e retornamos, mas não encontramos tal Dotô.
No lugar dele tinha outro... Mais engajado, digamos assim...
Logo após a avaliação, já fui um tanto quanto grotesca a mal educada e perguntei em tom de ironia: E aí, qual será o antibiótico da vez?
Ele me olhou com uma cara de outro mundo e respondeu: Antibiótico, pra quê?
Seu filho tem asma... E asma não tem cura, só tratamento. Inalação.
Confesso que saí do consultório confusa. Não sei se acreditei ou não no diagnóstico à la Mãe Dinah. Mas resolvi fazer só as inalações.
Depois de dois antibióticos, um xarope, corticóide, antialérgico, vômitos, diarréia e assaduras brutais, ele melhorou.
Agora vamos procurar novamente um pneumologista para exames mais precisos e um diagnóstico mais confiável e se for real o caso da asma, vamos procurar tratamento e exercícios que proporcione ao Pedro uma melhor qualidade de vida.
No mais, estamos bem. Graças a Deus.