quinta-feira, 17 de maio de 2012

Fralda pra trocar, roupa pra lavar, gente pra falar...


Essa semana rolou um bafafá por causa da capa da revista Time, que traz estampada, uma mãe amamentando seu filho de 3 anos de idade e a seguinte frase: Are you MOM ENOUGH? (Você é suficientemente mãe?)
Pronto! Tava feita a merda, tacaram fogo na bomba... E é óbvio que ela explodiu.
Gente que é pró o Attachment Parenting, (criação com apego) e gente que é contra e acha que tudo isso não passa de uma grande besteira.
Pra mim, a verdadeira grande besteira, é essa divisão!
Eu acho que cada mãe tem que escolher aquilo que considera melhor tanto pra ela, quanto para o próprio filho. Também acho que cada mãe DEVE escolher, aquilo que faça com que ela se sinta melhor em relação ao jeito que está maternando.

Eu durmo com o Pedro. Desde que ele nasceu. Os médicos não indicam, muitas pessoas reprovam, muitas pessoas também aprovam, mas o que realmente pesou na hora em que eu tomei essa decisão, foi na verdade, o quanto eu me sentia segura tendo o meu filho dormindo ao meu lado. Sem contar que, foi assim que eu aprendi, foi assim que EU dormi até poucos dias antes do Pedro nascer (com a minha mãe). E era assim que eu me sentia segura.
Hoje, é óbvio que eu não durmo mais com a minha mãe e mesmo eu tendo quase 22 anos, já sendo mãe, a minha mãe ainda acorda na madrugada pra se certificar de que tudo está bem aqui, no quarto do Pedro (que fica exatamente ao lado do quarto dela).

Outro assunto muito polêmico, do qual eu nunca falei abertamente, é a alimentação dos filhos.
Existem mães (chamadas de xiitas), que simplesmente abominam a comida industrializada, o fast food, entre outras coisas.
O Pedro ainda não está comendo, mas eu já dei algumas frutas pra ele experimentar. Pois desde os 3 meses, ele fica fitando o que as pessoas ao redor dele estão comendo.
Há quem me julgue, me culpe, me bote na fogueira feito Joana D'Arc, mas há quem dá refrigerante pra bebê de 8, 9 meses.
Se estão erradas? Não sei. Sei que a minha consciência está tranquila diante de taaaaaaaaaaaantos argumentos contra, que tenho lido por aí.
E o mais absurdo que me foi direcionado, vale a postagem: "Porque se não experimentar, não vai sentir vontade, não conhece o gosto, né?"
Juro que eu fui obrigada a ler esse tipo de coisa. Aí eu fiquei pensando: "Bem que eu gostaria de privar meu filho de todos os males desse mundo cão. Mas eu, reles mortal, não posso privá-lo nem sequer de 1% de tudo de ruim que tem acontecido nesses últimos tempos, como vou privá-lo de suas próprias vontades?"
Pois é, olha, eu posso nunca ter experimentado isso ou aquilo, mas é "ÓBVEÔ" que se eu vir alguém comendo qualquer coisa aparentemente gostosa, eu sentirei vontade de comer também.

Enfim, outro ponto POOOOOOOOOOOOLÊMICO, que foi requentado (sim, requentado, porque esse já até ferveu), é a amamentação.
Eu já falei dela aqui ontem, mas creio que teve gente que torceu o nariz, quando eu apoiei a amamentação prolongada.
Todos nós sabemos da importância de amamentar, por causa dos anticorpos, do vínculo afetivo estabelecido, por causa dos benefícios até pra mãe. Mas quando a amamentação ultrapassa o primeiro ano de vida do bebê, aí o bicho pega!
Pega porque tem gente (que é contra) e diz que é uma coisa anormal e tem gente (que é a favor) que se acha mais mãe por amamentar por tanto tempo.

Eu pretendo amamentar até quando o Pedro quiser ou até quando eu tiver leite. Pretendo porque faz bem, porque é digrátis, porque é mais prático, é só sacar o tetê em qualquer lugar e pronto, a quiança tá feliz.
Mas eu não repudio quem não amamentou por motivos pessoais, ou por medo dos peitos caírem, enfim...
Amamenta quem quer, quer não quer, dá fórmula, a criança não passa fome e pronto.
Não há porque umas mães enfiarem o bedelho na vida de outras mães. Porque fulana escolheu cesárea, porque fulana dá Danoninho pro filho, porque fulana ainda amamenta a criança de 3 anos, porque fulana...

Na boa, vamos parar de cuidar dos filhinhos dos outros, e dedicar esse tempo "perdido" cuidando dos nossos próprios pequenos.
Aposto que tem fralda pra trocar, roupa pra lavar e passar, papinha pra cozinhar, banho pra tomar... E os mais importantes: Criança pra criar e enquanto as tarefas estiverem sendo realizadas, teremos menos gente pra falar. ♥